terça-feira, maio 22, 2007

Suicide Club (2002)


Este filme me foi muito bem recomendado... Porém, se arrependimento matasse, eu já estaria morto, sepultado e em decomposição, neste momento.

O enredo não é dos piores, aliás, até que poderia ser excelente, se não fosse a péssima execução.
Um clima de histeria coletiva domina o Japão, após mais de 50 garotas se jogarem na frente do trem. Outros suicídios ocorrem, então, surge o boato de que há um Clube do Suicídio (título do filme "Suicide Club").
O filme se sustenta até a primeira metade, apesar de sérias falhas estruturais, a ausência dum protagonista definido, uma trilha sonora bisonha e as piores atuações possíveis. Convenhamos também que atuação nunca foi muito o forte dos filmes japoneses e isto nunca desmereceu os trabalhos deles, pelo contrário, em alguns casos, quanto pior, melhor.
Mas este não é o caso de "Suicide Club", tudo nele é gritantemente ruim.
Porém, após a segunda parte, o filme descamba para uma seqüência de absurdos e para um mal gosto sem precendentes. Se há alguma resposta para o mistério do filme, ou ela é muito mal elaborada, ou fui incapaz de entendê-la. É daqueles filmes que acaba, você coça a cabeça e se pergunta:

- 'Tá, e daí?

Eu sou fã dos filmes japoneses (é claro que há um lapso entre Kurosawa e os filmes de terror), mas "Suicide Club" exigiu um baita saco! Só assisti até o final para saber se conseguia ficar pior. E conseguiu!

Acho que nestes anos que mantenho este blog, nunca fui obrigado a fazer uma resenha tão negativa sobre um filme, mas sempre há a primeira vez...

25 comentários:

Marco disse...

Eu também já fiz resenhas sobre filmes péssimos. O ânimo até cai depois de publicá-las...

Abraços, Marco

Anônimo disse...

vc poderia dar exemplos de filmes d terror (japones ou do tipo) q vc tenha gostado

Henry Bugalho disse...

Há algumas resenhas sobre filmes japoneses de terror que assisti (que, às vezes, gostei, noutras não).

Mas ressalto Ringu, Ringu 0 e Ju-On, estes três foram os mais assustadores, na minha opinião, mas assisti a vários outros, apesar de ainda ter muito mais para assistir.

Abraços.

M u g e n ~ disse...

Caro amigo!
Legal seu site, sempre quis fazer um de criticas de filmes porque minha vida praticamente se resume a isso...
REALMENTE, se for assistir filme de terror ou suspense, assista um tailandes que pelo menos sao inteligentes!

Esse filme realmente foi muito bobinho... mais eu chego a intender pelo fato do grande numero de suicido adolescente e infatil que rola por lá.. e teve uma banda : Dir en Grey ~que foi tipo, um marilyn ou marylin manson japones, e que deram varias mensagens subliminares a suicidio... resolveram misturar tudo e saiu essa...essa merda, mais da pra intender, no japão foi bem recebido.. fora a parte de que bloquiaram computadores de varias crianças por um tempo : palavra de Eigi Takamoyo - parente da minha namorada que mora por lá.

Filme ruim, mais depende de quem assiste..aaa e o otra, dizem que foi bem mal traduzido!

Abraço e continue com esses otimo blog ^^

Kaety disse...

sinceramente ^^
adorei a crítica XD Já não gostava de filmes japoneses, e olha que eu sou OTAKU
mas... filmes é uma coisa que não se pode negar o-o'
enfim.... continua assim que seu blog vai longe ^^

até :*

Anônimo disse...

Esse filme eh de 2002, seu saco de bosta.

Henry Bugalho disse...

Obrigado pela correção, mas, pelo visto, sua mãe deveria ter lavado sua boca com sabão quando você era criança...

Mas é assim mesmo, quem não tem argumentos precisa xingar mesmo.

Luis Rohden disse...

Gostaria de abordar um ponto apenas. apesar de não concordar em vários que não vem ao caso.

Sua colocacao
"Se há alguma resposta para o mistério do filme, ou ela é muito mal elaborada, ou fui incapaz de entendê-la."

Sobre uma tal resposta mal elaborada para o mistério. Acredito que pedir que o filme solucione o mistério é como pedir que M. de Assis diga se a Capitu traiu ou não. Não que se possa equipar as duas obras - no entanto acho que a questão é sobre o mesmo ponto. Nem um, nem muito menos o outro foi elaborado para a resolução da questão. O importante no Dom Casmurro não é se a traição é concretizada, mas o processo que leva Bentinho a acreditar nela.

O mesmo acontece ao filme; me parece que a questão exencial não seja solucionar do que se tratava o clube do suicídio, ou mesmo como este funcionava. Mas no entando fazer uma abordagem da morte, e do suicídio. Tal leitura se dá pelo climax do filme - que é a garota no palco - frente as crianças, que lhe perguntam insistentemente sobre as conecções :
.você está conectado com você mesmo
.você está conectado com ela
.você acha que está mesmo conectado
.você tem certeza que está conectado consigo memso
.se ela morrer vcê vai perder a coneccao com ela
.se você morrer vai perder a coneccao com sigo mesmo
Este á o ponto culminante do filme, o questionamento. É uma abordagem sobre como você lida com estas coisas depois da morte. Suas relações com as coisas, as fotografias que você guarda, as recordações. – porque no final, você sempre está tentando redescobrir as ligações que você tinha com as pessoas que morreram, e tenta não perder estas conecções.

Outro ponto que sustenta esta leitura é a recorrencia do mesmo tema em duas obras de destaque nos animes japoneses. Uma delas é Evangelion, onde a reunião do qual Shinji , o protagonista da série, é muito similar ao palco onde a garota do filme estava – reunião está que assim como o palco é ponto máximo do anime. Toda a situação – onde o mundo significava a partir das sentimentos do personagem, a necessidade de conecções/sentimentos acaba sendo ponto de cruzamente entre as duas obras. Entre outros pontos que tambem não quero me aprofundar aqui. Outra exemplo de recorrencia é a serie Serial Experiments Lain, onde a personagem principal é certamente uma personificação destas necessidades de conecções, da necessidade de lembranças dos nossos amigos e do que significamos para nós mesmos a partir dos outros é a essência de Lain, e certamente estas mesmas conecções presentes em Lain, são as conecções citadas em Suicide Club.

Por estas leituras ,e mesmo pela forma que o filme se estrutura por si só, encaminhando o apice para aquele momento do palco. E dando por encerrada a estória, sem explicar o que se deu , ou mesmo se a onda de suicidios estava definitivamente finalizada – que faz com que a unica leitura cabivel é que o enfoque era sobre as conecções. Mesmo que não seja feito da melhor maneira possivel, ainda que o tema talvez não interesse a todos, nem tenha sido debatido de forma completa e complexa a qual exigia o mesmo.

E sim, havemos de convir que o filme é mal estruturado, feito de forma quase caseira, que ele chega a perder-se um pouco em alguns momentos. E que ele procura adicionar elementos em demasia. Como a relação de prazer/dor/violencia – no clube do suicidie, referencias subliminares no grupo musical e outras mais.

Mas reforço, esperar que o filme solucionasse o caso do “verdadeiro” suicide club,ou mesmo seu modus operandi, era esperar que o filme respondesse algo o qual ele não foi destinado a fazer

Henry Bugalho disse...

Muito interessante seu comentário, Luis. Obrigado pelo vislumbre que ele proporcionou sobre a idéia do filme.

No entanto, ele só reforçou minha impressão inicial de que há uma falha estrutural - possivelmente de roteiro - no filme.
Pois ele se propõe a ser, pelo menos na primeira metade, um filme policial - posto que há uma investigação, há polícia, há crimes e vítimas.
Como você mesmo apontou, é difícil estabelecer uma relação entre "Dom Casmurro" e um filme de mistério.
A estrutura básica, clássica, dum filme ou livro de mistério é:

- propor um mistério, um crime;
- investigá-lo;
- resolvê-lo.

Se Suicide Club era um filme de mistério, que foi minha impressão, ele falha brutalmente a não responder as questões fundamentais do enredo. Mas, se ele não o é, tudo bem, o que não diminui os outros problemas que, na minha opinião, há no filme.

Poderíamos até argumentar que o paradigma narrativo oriental difere do nosso ocidental, mas ao comparar outros filmes japoneses, ou chineses, ou coreanos, sou obrigado a acreditar que, no fundo, as narrativas são bastantes semelhantes, algumas melhor executadas, outras pior.

Anônimo disse...

Luis Rohden, Gostei do seu comentário!

A minha deixa.

Tema do filme: O Filme aborda um assunto o qual dificilmente é encontra em quaisquer literatura Brasileira.
Talvez de início, a dificuldade para gostar do filme.

SOBRE O FILME: Gostei, devido ao tema.

Reflexão Sobre o filme.

Segundo a Nacional Geografic fala, realmente vivemos 1/5 das
nossas vidas para desfrutar dos assunto do que realmente nos interressa.

E base nisso, a questão é:
- Viver para sí ou para a sociedade que nos rodeia? (Homem Nú)
- Qual é a sua satisfação? O que realmente vc faz para sí mesmo que te dê prazer. Dá para viver sem elas?
- A famosa Música do Z. Pagodinho "Deixa a vida me levar... Vida leva eu.... A questão é, vivemos a nossa vida ou deixa a vida te levar?
- Como no filme Click, vivemos no modo automático e muitas vezes nem reparamos.
- A questão? vc já fez o balancete da sua vida?
- O que vc levaria de bom consigo?
- Regras que regem a sua vida? Vc as segue? Vai contra?


ENTENDIMENTO DO FILME: ^^ Somente um depressivo para entender o filme.
Conectado ou não? Talvez ainda no handshake para a conecxão.


E por Deus, Não chegue a uma conclusão antes de entender as "fases da vida"! (Paulo Coelho).
Veremos que o mesmo assunto em determinada fase da sua vida, terá resultados diferentes.



By (Zero kill) 0 1
Amante de animes.

Anônimo disse...

Eu, sinceramente, adorei o filme.

K4rn3r0 disse...

sinceramente... achoi que você, querido crítico, só está no lugar errado. Acho que você deveria estar criticando filmes de romance, ao invés de terror. O que mais me surpreende nos filmes japoneses, é a imaginação deles, não importando se a estrutura, ou o personsgem principal não são bem definidos. Acredito que você deve acordar para a vida! Acho que nesses anos que venho vendo blogs, nunca fui obrigado a fazer uma resenha tão negativa sobre um blogero, mas sempre há a primeira vez!

Henry Bugalho disse...

Quer dizer que "Suicide Club" era um filme de terror, K4r3r0?

Então eles não só não conseguiram desenvolver os personagens e o enredo, como não conseguiram nem se enquadrar no gênero Terror, o que torna tudo pior e mais vago...

Anônimo disse...

Infelizmente o crítico demonstra toda a sua ignorância, não compreendendo as nuances de uma outra cultura diferente da sua. Provavelmente este crítico (que é passivo, afinal, se não gostou, pq nao faz um filme melhor?)não sabe nada de antropologia e sociologia, pois se soubesse, teria o cuidado de analisar as culturas que são diferentes da sua, pois diferentes culturas possuem diferentes linguagens para expressar conteudos diversos. Vc não chega falando portugues na Inglaterra e depois diz que os ingleses é que nao sabem se expressar: o erro é teu, que nao fala e nao entende os sinais de uma outra cultura. Lamentável uma pessoa que posa de inteligentedizer tantas bobagens..este crítico deveria estudar um pouco antes de escrever, a internet já tem bobagens demais...

Anônimo disse...

E o que é pior: ele se diz filósofo...como pode um filósofo formado em blablabla ignorar o estudo dos sinais culturais que diferenciam emissões de comportamento e construções artisticas? qta ignorancia, nao vale nem mesmo o papel do diploma. Deve ter sido uma formação bem fraquinha, pois seu marketing pessoal é totalmente anulado com as bobagens que vc escreveu neste post...por favor, faça valer seu status universitário e estude antropologia e sociologia, talvez assim vc consiga ser um filósofo de verdade, algum dia...olhe, estou indo no mesmo clima que vc escreveu seu post: estou criticando sem me dar ao luxo de pensar que posso estar errado, assim como vc....

Henry Bugalho disse...

O engraçado mesmo, anônimo, é o tipo de chilique que certos leitores têm quando vêm o filme que gostam ser criticados negativamente.

Você têm razão num único aspecto: é importante prestar atenção às diferenças culturais. Mas será que você já assistiu algum tipo de cinema japonês que não os inspirados em mangás ou além de animés?

A estética japonesa é muito interessante quando bem aplicada, mas, como em qualquer outra parte do mundo, torna-se uma catástrofe quando mal aplicada.
Vale lembrar também que o cinema (e a fotografia) não foi criado no Japão. As técnicas, os princípios, a estruturação derivam tanto do cinema americano (que é a indústria cinematográfica de fato) quanto do cinema europeu, ou seja, é sempre a partir destes critérios de nós, ocidentais (bem, não sei se você é japonês, mas eu não sou), vemos a produção cinematográfia alheia.
Este papo de que tem de compreender as nuances é uma ilusão, porque eu descobri que você só tem parâmetros para compreender uma outra cultura de verdade a partir do momento em que se está imerso nela. Vemos e ouvimos sobre os EUA o tempo todo, mas só fui descobrir e entender muita coisa estando aqui. E isto deve ser muito mais radical em se tratando de países tão diferentes quanto os orientais.
Ou seja, você pode ter certeza que a sua compreensão de Japão é tão imperfeita e fragmentada quanto a minha, e isto vale para qualquer outro país do mundo além do qual se vive (e, muitas vezes, vale até para o país em que se vive).

No entanto, é difícil esperar que você apreenda o que digo, quando encerra o seu comentário com um a frase tão arrogante quanto:

"estou criticando sem me dar ao luxo de pensar que posso estar errado, assim como vc...."

Se você está certo e todo mundo errado, por que perde seu tempo lendo críticas de cinema de outras pessoas? Afinal de contas, não é apenas a sua opinião e a sua certeza que valem?

\\.Lukas disse...

Cara sua resenha ta tao bisonha quanto engracada, meu deus cara, to me cagando de rir, olha so minha situacao, no trabalho de visao previo assinado, com celular tocando faroeste caboclo e procurando filmes de terror pra ver, filmes bons que nem todo mundo ve. e meu chefe ta me chamando ueauheuae...

Henry Bugalho disse...

Que bom que você se divertiu, Rukasu. Quem sabe eu não comece a investir na carreira de comediante de agora em diante?

Henry Bugalho disse...

E você acha que comparar Glauber Rochar com Suicide Club é muito inteligente?

Cada um que aparece por aqui!

Anônimo disse...

Que ótimo isso daqui!!Hihihi!!Tô rindo horrores dos coments!Assisti a este filme ontem e achei muito pobrinho.Um tema tão interessante e tão mal conduzido.Sou fã de cultura oriental,mas esta película deixou a desejar.E acho que quem defende e ataca com grosserias a resenha do blogger em questão,é porque o pouco de cinema que conhece é baseado em adaptãções de manga e animes.Pena...

Anônimo disse...

Puta achei esse filme coisa de dorgado, fora que é uma bosta sem sentido nenhum na boa, ruim demais,que diabo de entrar em conexão com gente morta não sou espirita!

Anônimo disse...

Cara, eu queria explanar três pontos importantíssimos (pelo menos pra mim)

1 - Não se preocupe com esses pseudo-críticos que habitam a internet. Tem muita gente que lê mangá de dragon ball Z e acha que conhece a cultura japonesa (ou oriental, como um todo) na palma da mão. Resultado: vê um filme japonês mal escrito e mal dirigido e vai achar que merece o oscar de melhor filme.

2 - Sem contar com alguns casos, estou impressionado com a quantidade de comentários inteligentes e instigantes que postaram aqui. Me deixam até orgulhoso, de certa forma.

3 - Excelente sua crítica. O filme tinha um ótimo tema e se perdeu num roteiro confuso e mal dirigido. E não me venha nenhum palhacinho dizendo que eu não entendi porque "é uma cultura diferente da minha". Filme RUIM é RUIM em qualquer lugar do planeta. Compartilhando a opinião de um colega que escreveu anteriormente, existem ótimos filmes de terror tailandeses que dão de um zilhão a zero nesse filminho.

Unknown disse...

O filme tem uma ideia intrigante, mas se apresenta como um filme policial, e nisso ele beira o desastre. Um grupo a la rebelde mandando mensagens subliminares, e provocar suicídio? A execução do filme é ruim, as atuações são robóticas e o desfecho ( qual desfecho?) deixa tudo na parábola. Eu não sou muito fã de refilmagens, mas esse é um exemplo de filme que poderia melhorar com um roteiro bem estruturado e atores de verdade. O diretor tentou dar um verniz de intelectualidade, enchendo o filme de imagens simbólicas para ocultar essa tragédia no pior sentido da palavra.

Anônimo disse...

Falar q japoneses não são bom em interpretação é no mínimo falta de conhecimento...

Anônimo disse...

Olhem essa análise do filme, só consegui entender o filme (eu acho) depois de lê-la:

http://www.imdb.com/title/tt0312843/