domingo, março 10, 2013

O Segredo da Cabana (2012)


O poder do Terror deriva principalmente do medo que aquilo que vemos na tela dos cinemas possa nos acontecer na vida real. É o medo em potência, o medo da possibilidade, o medo do horror real que pode nos espreitar em qualquer esquina.

Em "O Segredo da Cabana", temos uma inversão da lógica dos filmes de horror. Cinco universitários resolvem passar um final de semana numa cabana no mato, sem consciência que estão adentrando um território bizarro, vigiado por uma equipe de misteriosos técnicos que liberam monstros num espaço controlado, num jogo cuja finalidade compreenderemos somente no desfecho da trama.

Basicamente, este filme é a versão para adultos de "Monstros SA", daquele desenho animado da Disney. Imagino que devesse causar medo, mas acaba tendendo mais para uma comédia de mau gosto, numa vertende de ficção científica de terror.

Não se pode dizer que se trata de um enredo previsível nem sequer ortodoxo, porém, o esforço para verbalizar e dissecar um padrão bastante específico no gênero acaba redundando vazio e exagerado.

"O Segredo da Cabana", que foi considerado como o melhor filme de terror de 2012, não causa medo, não convence, tampouco entretém. É uma sequência de absurdos e despropósitos que nos levam a questionar quem foi o demente que concebeu tal história, e também quem foram os dementes que resolveram transformá-la em filme.

É uma piada metalinguística que envergonha o gênero do horror.

domingo, março 03, 2013

Zombieland (2009)


Existem três tendências básicas para filmes de zumbis: o horror mais negro e desesperador (como em "A Noite dos Mortos Vivos" de Romero), a carnificina mesclada com terror (como em "A Volta dos Mortos Vivos") e a comédia escrachada como em Zombieland.

Após o fim da civilização por causa de uma doença epidêmica, que transformou os seres humanos em zumbis irracionais e canibais, acompanhamos a jornada de Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin), um grupo de desajustados que se encontram em meio a este mundo devastado.

O ritmo do filme é excelente, apesar de ser previsível em vários aspectos. Os zumbis, com uma maquiagem perfeita que poderia pertencer a The Walking Dead, são praticamente inofensivos, já que em momento algum chegam a realmente ameaçar algum dos quatro personagens principais. Mesmo inclinado para a comédia, e que talvez até chegue a arrancar um risinho ou outro, o tom geral é mais para uma aventura, com várias cenas de ação, tiros e perseguição, principalmente durante o clímax.

O trecho da história mais inusitado é quando eles encontram o ator Bill Murray, na mansão dele em Hollywood, que talvez possa ser considerado o ponto mais engraçado de todo o filme, mesmo que seja um pouco desconectado do restante da narrativa.
Os destaques de Zombieland são, definitivamente, Jesse Eisenberg e Woody Harrelson, e a presença dos dois em cena são o segredo do sucesso desta história.

Um ótimo divertimento para quem gosta de ver cabeças de zumbis explodindo, mas que morre de medo de filmes de terror.