Shrek é obrigado a assumir o comando do Reino Tão, Tão Distante quando o rei Harold, pai de Fiona, adoece.
Mas os planos de retornar ao pântano vão por água abaixo quando o rei pede, antes de morrer, a Shrek que seja seu sucessor. Oprimido pelo trabalho burocrático e tedioso como governante, Shrek parte em busca do outro possível herdeiro ao trono, Arthur.
Neste meio tempo, O Príncipe Encantado decide se vingar de Shrek e tomar controle do reino, enquanto que, como se não bastasse, Fiona descobre estar grávida de alguns ogrozinhos.
Esta é a trama de "Shrek Terceiro".
Quando o primeiro filme da série foi lançado em 2001, ele rompeu com vários paradigmas das narrativas de contos-de-fada. Antes de tudo, no melhor estilo rabelaisiano e de acordo com o conceito de "carnaval" de Mikhail Bakhtin, há a inversão de papéis - o que é alto é rebaixado, o que é baixo é elevado. Numa fábula, o herói é aquele personagem repletos de virtudes e com vontade inquebrantável: um ideal a ser imitado. Porém, Shrek não é um herói; um monstro, que vive num pântano, temido por todos, feio e mal-educado. Ele não é movido por sentimentos nobres; numa busca egotista, ele só quer se livrar dos inconvenientes personagens de contos-de-fada que invadiram seu território.
O primeiro Shrek é humor de primeira linha, parodiando filmes conhecidos, com uma trilha sonora excepcional e produção gráfica estupenda.
O humor e as paródias se perdem gradativamente nas seqüências, tanto que "Shrek Terceiro" precisa se esforçar muito para arrancar algumas poucas risadas; as paródias, se existem, são tão escassas que mal podem ser identificadas. Mas a trilha sonora continua excelente e as animações estão melhores do que nunca.
Porém, "Shrek Terceiro" perdeu aquele caráter carnavalesco, de inversão de papéis. Shrek não é mais o anti-herói, ele assumiu o papel de herói, com toda uma ética moralista e objetivos nobres; o único traço destoante é sua aparência física, de resto, Shrek se tornou num papel heróico tradicional e, por isto, cansativo.
Há algumas cenas que chegam a empolgar, tal como quando as mulheres - a rainha, Fiona, Bela Adormecida, Branca de Neve, Cinderela e Rapunzel - partem para a luta. Contudo, no geral, há um quê de "já visto" em "Shrek Terceiro". Uma pena, para um personagem tão promissor.
E os ogrozinhos no final prenunciam que Shrek não parará por aí. É torcer para que o ogro verdão volte com mais vida e originalidade.
Também pode ser lido em www.adorocinema.com
Acesse o Hotsite do filme
Neste meio tempo, O Príncipe Encantado decide se vingar de Shrek e tomar controle do reino, enquanto que, como se não bastasse, Fiona descobre estar grávida de alguns ogrozinhos.
Esta é a trama de "Shrek Terceiro".
Quando o primeiro filme da série foi lançado em 2001, ele rompeu com vários paradigmas das narrativas de contos-de-fada. Antes de tudo, no melhor estilo rabelaisiano e de acordo com o conceito de "carnaval" de Mikhail Bakhtin, há a inversão de papéis - o que é alto é rebaixado, o que é baixo é elevado. Numa fábula, o herói é aquele personagem repletos de virtudes e com vontade inquebrantável: um ideal a ser imitado. Porém, Shrek não é um herói; um monstro, que vive num pântano, temido por todos, feio e mal-educado. Ele não é movido por sentimentos nobres; numa busca egotista, ele só quer se livrar dos inconvenientes personagens de contos-de-fada que invadiram seu território.
O primeiro Shrek é humor de primeira linha, parodiando filmes conhecidos, com uma trilha sonora excepcional e produção gráfica estupenda.
O humor e as paródias se perdem gradativamente nas seqüências, tanto que "Shrek Terceiro" precisa se esforçar muito para arrancar algumas poucas risadas; as paródias, se existem, são tão escassas que mal podem ser identificadas. Mas a trilha sonora continua excelente e as animações estão melhores do que nunca.
Porém, "Shrek Terceiro" perdeu aquele caráter carnavalesco, de inversão de papéis. Shrek não é mais o anti-herói, ele assumiu o papel de herói, com toda uma ética moralista e objetivos nobres; o único traço destoante é sua aparência física, de resto, Shrek se tornou num papel heróico tradicional e, por isto, cansativo.
Há algumas cenas que chegam a empolgar, tal como quando as mulheres - a rainha, Fiona, Bela Adormecida, Branca de Neve, Cinderela e Rapunzel - partem para a luta. Contudo, no geral, há um quê de "já visto" em "Shrek Terceiro". Uma pena, para um personagem tão promissor.
E os ogrozinhos no final prenunciam que Shrek não parará por aí. É torcer para que o ogro verdão volte com mais vida e originalidade.
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