domingo, março 27, 2005

Closer - Perto Demais (2004)



"Closer - Perto Demais" é uma atípica história de um retângulo amoroso. Dan (Jude Law), Alice (Natalie Portman), Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owens) são quatro indivíduos solitários em busca de amor. Coincidências, armações e traições unem estas pessoas numa conturbada relação de incompreensão e de desencontros.
O roteiro é fraco. Saltos temporais entre as cenas passa a impressão de que a vida é sempre a mesma, independentemente das contingências; como se nada mudasse e não houvesse aprendizado. As personagens são escravas de suas paixões e buscam freneticamente nos outros aquilo que lhes falta. Em "Closer", não há amor verdadeiro, apenas uma projeção de expectativas que jamais é suprida. O filme é circular, começa e termina no mesmo ponto, não há superação, não há realização, há apenas a comodidade e o conformismo diante do que não se pode mudar.
Com exceção de Natalie Portman, o elenco é mediano. Julia Roberts, após uma série de comédias românticas de quinta categoria, busca alçar o status de atriz cult, trabalhando com Soderberg e agora com Mike Nichols, mas sua atuação é inexpressiva. A dupla masculina, Law e Owens também não possuem presença e passam despercebidos. Os diálogos sem consistência e beirando a banalidade não contribui para tornar "Closer" um filme interessante.
A visão pessimista, shopenhaueriana, poderia ser um ponto a favor do filme, porém, a história tangencia os problemas cruciais da existência humana e focaliza as relações entre as pessoas, mais especificamente as relações sexuais, como se este aspecto fosse o único relevante. As personagens são desprovidas de aspirações, são animais movendo-se em busca de satisfação física, sem se importar com quem.
Uma história superficial e desconexa.

Pós-escrito de 14/02/2011
Quase 6 anos depois de ter assistido a este filme pela primeira vez e escrito sobre ele, pensei que talvez fosse a hora de revisitá-lo e descobrir se a minha opinião havia mudado em algum ponto.
Definitivamente, não altero nenhuma linha do que havia resenhado sobre "Closer". Os personagens são unidimensionais, recobertos por uma falsa aura de profundidade. Em essência, não passam de animais falantes em busca de prazer, sem maturidade emocional ou intelectual, meras marionetes de seus desejos.
Por outro lado, talvez este seja também o grande mérito deste filme, pois, via de regra, é assim como a maioria das pessoas se comporta na vida real: criaturas irracionais e insatisfeitas em busca de prazer. Os conflitos de "Closer" são os mesmos conflitos que milhares de pessoas enfrentam todos os dias, em nossa jornada constante em direção à felicidade. No entanto, o filme parece apontar a hipótese de que felicidade não existe, por isto temos de nos contentar com o restolho que a vida nos proporciona. E talvez este seja o segundo grande mérito deste filme: conduzir os espectadores a buscarem um sentido oculto que não existe. "Closer" é isto aí que apresenta, e nada mais: a vida crua, desinteressante e vazia de quatro personagens infelizes.

domingo, março 20, 2005

Dr. Fantástico (1964)


Este filme satírico do mestre Kubrick é contemporâneo de um clássico da década de 60, "Limite de Segurança" com Henry Fonda (regravado nos anos 90 por George Clooney). Após um general do exército norte-americano ensandecer, um comando de ataque nuclear maciço é dado e o futuro da humanidade é posto em risco.
O presidente dos EUA, por um lado, e um subcomandante do exército britânico, por outro (ambos interpretados pelo impagável Peter Sellers, que faz ainda outro papel no filme, do personagem título, Dr. Fantástico), não medem esforços para evitar que este incidente se converta numa hecatombe com conseqüências inimagináveis.
Nesta comédia, Kubrick atira para todos os lados. Gravado no auge da Guerra Fria, "Dr. Fantástico" é uma crítica a um mundo dividido entre duas potências, as quais, a qualquer momento, poderiam deflagrar uma guera capaz de destruir o mundo. Além disto, ridiculariza os argumentos capitalistas que justificam a perseguição aos comunistas.
O momento alto do filme é a cena antológica de um cowboy (o piloto do avião que lançará uma das armas) cavalgando uma bomba nuclear, que se converte numa sátira ao rumo que os EUA seguiu após os bombardeios nucleares em Hiroshima e Nagasaki.
É muita clara a visão de Kubrick de que, mesmo se o mundo civilizado perecesse numa guerra de proporções globais, ainda assim os líderes das grandes potências ainda seriam capaz de racionalizar argumentos para perpetuar a rivalidade.
O papel mais supreendente é o do próprio Dr. Fantástico (Dr. Strangelove no original), um antigo cientista nazista que, após a queda do Terceiro Reich, une-se aos EUA para ajudar nas pesquisas científicas deste país (o que de fato ocorreu em larga escala, tanto entre os dissidentes que foram para a América como aqueles que se refugiaram na Rússia) e que, habilmente, consegue perpetuar as ideologias do estado nazista ao apelar para sedutoras propostas eugênicas.
Outra participação surpreendente é a ponta feita por James Earl Jones em sua primeira atuação para o cinema.
Uma comédia brilhante e com um humor negro de primeira linha.

Dois Perdidos Numa Noite Suja (2003)



Não é somente o título deste filme que lembra "Coisas Belas e Sujas". O tema desta produção brasileira, dirigida por José Joffily, também aborda o submundo da imigração ilegal num país estrangeiro; enquanto no primeiro, estrelado por Audrey Tautou e Chiwetel Eliofor, a trama é ambientada em Londres e aborda o tráfego ilegal de órgãos, o filme de Joffily se passa em Nova York, onde dois brasileiros, Tonho (Roberto Bomtempo) e Paco (Débora Falabella) penam para conseguir viver o sonho americano de prosperidade.
Mas "Dois Perdidos Numa Noite Suja", ao contrário de "Coisas Belas e Sujas", não dá margem para a esperança e para o otimismo. Durante todo o filme, tem-se a impressão de que não há como escapar daquele ciclo vicioso: ter saudades da pátria, mas não ter a coragem de voltar com o rabo entres as pernas depois de ter fracassado. "Dois Perdidos Numa Noite Suja" é o outro lado da terra das oportunidades; é o desamparo diante da falta de oportunidade, do sub-emprego, dos quartos escuros, das rotinas diárias pesadas para se ganhar pouco, do preconceito e de como é possível arrastar o ser humano a um estado de indignidade, no qual nenhum valor moral prevalece.
É claro que um filme naturalista como este nem sempre convence por seu determinismo, como se a humanidade fosse condicionada necessariamente pelas circunstânciuas e pelo ambiente.
Débora Falabella impressiona por sua atuação, apesar de estar um tanto teatral. Ao menos é uma oportunidade para vê-la interpretando uma personagem com conteúdo dramático, ao invés das personagens rasas e desprovidas de personalidade como Lisbella (de "Lisbella e o Prisioneiro"), entre outras mocinhas novelísticas.

segunda-feira, março 14, 2005

O Homem Que Sabia Demais (1956)



"O Homem Que Sabia Demais" faz parte dos thrillers conspiratórios dirigidos por Alfred Hitchcock (tal qual "Intriga Internacional").
O filme se prenuncia como mais um daquela safra xenofóbica norte-americana e teria tudo para ser um enredo medíocre, de uma família de classe média-alta que, numa viagem à África muçulmana, vê-se envolvida num evento que foge ao controle.
Os temas abordados pela indústria cinematográfica serviriam, para o pesquisador que se proposse a analisá-los, como uma fonte abundante para uma compreensão sociológica da formação do espírito norte-americano. Rasteiramente, pode-se localizar alguns temas recorrentes: o serial killer que assassina jovens que mantêm relações sexuais antes do casamento - baseado na rígida conduta sexual protestante ("Sexta-feita 13", "A Hora do Pesadelo", "Medo em Cherry Falls", etc.); o herói, que após transpôr uma série de obstáculos aparentemente instraponíveis, atinge seu objetivo - em comparação ao self-made man ("Matrix", "Guerra nas Estrelas", "O Aviador", entre outros); o indivíduo que deixa seu lar e viaja para algum lugar exótico, tem alguma espécie de problema e sente-se impotente diante de uma cultura e língua estranhas - revelando a supra-citada xenofobia e apego à pátria tão característica dos norte-americanos, além de configurar uma certa ignorância, que decerto eles consideram como virtude, quanto aos hábitos e costumes alheios ("Busca Frenética", "A Praia", "Expresso da Meia-Noite", e assim por diante).
É claro que esta enumeração acima não esgota, nem parcialmente, as temáticas dos filmes americanos, mas serve apenas como um amostragem de como o enredo está imbuído de algumas características determinantes da mentalidade e das fobias desta potência.
Contudo, apesar do tema, Hitchcock não cede à mesmice e a sua trama atinge proporções globais. O doutor Ben McKeena (James Stewart), durante uma viagem com sua esposa (Doris Day) e filho ao Marrocos, vê um homem ser assassinado no mercado público. Ao tentar ajudá-lo, o homem sussurra em seu ouvido um terrível segredo, que faz com que seqüestrem seu filho para que ele não revele a ninguém o que ouviu.
O filme é envolvente e, como grande parte das obras de Hithcock, ele se tornou referência quanto a certas estruturas narrativas e plano-seqüências. Esta versão, com Stewart e Doris Day, é uma regravação realizada em 1956 do original, dirigido pelo próprio Hithcock, de 1934.
O compositor da trilha sonora é Bernard Hermann (o mesmo de "Psicose") e sua habilidade minimalista é determinante para o clima tenso do filme. No entanto, ele se revela muito mais do que um compositor de uma nota só e compõe uma belíssima obra orquestral e uma canção original - "Que Sera, Sera"- que lhe valeu o Oscar.

quarta-feira, março 09, 2005

Entrando Numa Fria Maior Ainda (2004)



"Entrando Numa Fria Maior Ainda" é a seqüência da história de Gaylord Focker (Ben Stiller), um enfermeiro que passa por poucas e boas para tentar agradar seu sogro, Jack Byrnes (Robert De Niro). Neste filme, há o encontro entre as duas famílias, Byrnes e Fockers, o que será fonte de ainda mais problemas.
Neste segundo filme, contudo, há um aspecto que não foi abordado no primeiro (ou foi apenas superficialmente) que é a dicotomia entre dois modos simbólicos de vida que caracteriza os EUA contemporâneo. Por um lado, o republicano, patriota, puritano ex-agente da CIA, Jack Byrnes, e por outro, a família excêntrica, hippie, liberal e transgressora dos Fockers.
Apesar deste embate simbólico ser soterrado pelo cômico e pela sátira, é justamente numa oposição tão clássica quanto o convervadorismo e o revolucionário que o filme encontra toda sua fonte de inspiração e converte-se numa crítica a uma América que o mundo tem aprendido a odiar.
Uma história que pode encontrar reflexo em toda a família (levado obviamente à hipérbole pela comédia), "Entrando Numa Fria Maior Ainda" é riso na certa.

Eterno Amor (2004)



Do mesmo diretor de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", com a mesma protagonista, mesmos roteiristas e com boa parte do elenco de "Amélie Poulain", porém, sem o encanto de "Amélie Poulain".
De fato, a impressão que se tem logo de início é a de que Jean-Pierre Jeunet acreditou ter encontrado uma fórmula cult para se dirigir bons filmes, e quis repetir em "Eterno Amor" o sucesso daquele filme que fez com que a carreira de Audrey Tautou deslanchasse.
A história é narrada por Mathilde (Tautou), uma jovem que parte em busca por respostas sobre o que aconteceu com seu noivo, Manech (Gaspard Ulliel), durante a Primeira Guerra Mundial.
À princípio, a fato de abordarem a primeira grande guerra já um deslocamento da prática usual, que cultua (quase que religiosamente) os eventos ocorridos durante a segunda grande guerra. É óbvio que as proporções de destruição entre a primeira e a segunda são gritantes, mas nem por isto alivia o horror da vida nas trincheiras belgas e francesas. A guerra urbana e o holocausto provocado pela máquina de guerra nazista osfucou um pouco o relato daqueles que morreram longe de suas casas em meio a florestas calcinadas intoxicados com gás mostarda, por isto o filme de Jeunet surpreende.
Contudo, "Eterno Amor" perde-se em meio a um enredo emaranhado, confuso e prolixo. Na metade inicial do filme, é infrutífera a luta para compreender qual é o nexo entre as várias personagens e concentrar-se na investigação de Mathilde. O filme entra nos eixos à medida que se aproxima do fim, mas não cativa. As digressões, estratégia extremamente bem utilizada em "Amélie Poulain", tornam-se um vício em "Eterno Amor" e mais atrapalha do que ajuda. A fotografia é belíssima, mas afetada e artificial.
O filme nasce à sombra de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" e será sob esta sombra que ele será sepultado.

sábado, março 05, 2005

Louca Obsessão (1990)



Em geral, os filmes baseados em obras de Stephen King só servem para assustar criancinhas ranhentas, "Colheita Maldita" e "Cemitério Maldito" são alguns exemplos disto. Mesmo havendo algumas adaptações excepcionais, como "O Iluminado" e "À Espera de um Milagre", King é um escritor mediano e sem muita originalidade quando se trata de conceber suas histórias - ele sempre anda às voltas com casas, chalés ou hotéis em regiões isoladas dos EUA, melancólicas nevascas e o tema constante do isolamento e das distâncias que separam os indivíduos.
Contudo, em "Louca Obsessão", o diretor Rob Reiner consegue com maestria transmitir uma sensação de impotência e de angústia.
O romancista best-seller Paul Sheldon (James Caan) sempre se hospeda num remoto hotel quando da iminência de concluir um livro. Porém, ao tentar retornar à Nova York, ele é tragado por uma impetuosa nevasca e sofre um acidente. (In-) Felizmente, ele é resgatado pela enfermeira Anne Wilkes (Kathy Bates), que se dedica a cuidar dos ferimentos de Sheldon até que as estradas sejam desbloqueadas e ele possa ser levado a um hospital.
Acontece que Anne é a fã número um de Sheldon (segundo sua própria denominação) e ela fará de tudo para que Sheldon jamais a deixe. O único problema é que Anne não é uma pessoa mentalmente estável e seu arroubos furiosos "desconfortam" Sheldon.
"Louca Obsessão" é sem dúvida um dos filmes mais agoniantes que assisti, pois o estágio de impotência no qual Paul Sheldon se encontra - com as duas pernas e um braço quebrados - faz com que torçamos para que ele se livre das garras daquela enfermeira insana. Como todo filme de suspense, temos de aguardar o fim para sabermos o que acontecerá.
Mas pode-se adiantar que, em "Louca Obsessão", temos um exemplo de que há males que vêm para o bem.

quinta-feira, março 03, 2005

O Aviador (2004)



"O Aviador" é o segundo filme em que Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio trabalham juntos, e é a terceira obra deste diretor que não funciona. Em "Vivendo no Limite", com Nicolas Cage, e principalmente em "Gangues de Nova York", Scorcese já se mostrava um diretor desgastado e inclinado a ceder em sua proposta artística em favor do espetáculo.
"O Aviador" nada mais é do que um grande espetáculo, no qual tem de tudo - festas, explosões, cinema e mulheres bonitas e famosas. Tudo com a função de fascinar o público norte-americano, que é muito mais suscetível a se embasbacar com as proezas de um conterrâneo excêntrico e ousado.
Howard Hughes era um dos playboys que deram o pontapé inicial para aquela América que se tornaria uma potência cultural, financeira e tecnológica. A América da qual os americanos de hoje sentem saudades. O filme de Scorsese narra a história de Hughes (Di Caprio), desde o momento em que ele recebe uma gorda herança de seus finados pais e começa a investir na nascente indústria cinematográfica até o momento em que, após uma relativa bem-sucedida empreitada no ramo da aviação, Hughes é perseguido pelo governo americano, acusado de praticar negociações ilícitas.
É supreendente assistir o desafio que era, naquela época, produzir um filme, quando gastar 4 ou 5 milhões era uma fortuna. Hoje, atores medianos ganham isto por filme e as super-produções podem alcançar facilmente a cifra de centena de milhões. Mas interpretações caricatas determinam o tom geral do filme.
"O Aviador" parece ter a proposta de exaltar o mito da América como a "terra das oportunidades" e na qual quem luta por seus objetivos, acaba alcançado. Mas filme deste gênero só acabam por revelar que o "sonho americano" é apenas um cadáver insepulto, tão louco e decrépito quanto o próprio Hughes no final de sua carreira.

One Missed Call (Chakushin Ari) (2003)



Os filmes de terror japoneses não hesitam a atribuir alguma maldição à tecnologia. "One Missed Call" (que bem poderia ser traduzido como "Chamada Perdida") não contradiz a esta fórmula acima.
Algumas universitárias começam a morrer, após terem recebido um misterioso telefonema no qual consta uma data e hora futuras, que vem a ser o exato momento no qual elas irão morrer. Do telefone celular da vítima, parte uma nova ligação, que conduz a um ciclo interminável de desgraças.
A trama não é nova, tampouco original. "Ringu" explorou este tema, só que através de uma ultrapassada fita VHS (é bem provável que hoje fosse um DVD ou VCD), e "Ju On: The Grudge" através da casa na qual quem entra, morre.
De todos os filmes japoneses de horror (ao menos entre aqueles que assisti), "One Missed Call" é sem dúvida aquele que possui a atmosfera mais soturna e repulsiva, com várias cenas que não perdem em nada para "O Ataque dos Mortos-vivos". A história não convence e, depois de tantas variações sobre o mesmo tema, duvido que alguém tenha medo de seu telefone celular após assistir a este filme.
Entretanto, pode-se ler uma mensagem nesta fixação nipônica pela tecnologia. O Japão é um dos maiores exportadores de produtos eletrônicos e eles mesmos tiveram de se adaptar a uma abrupta mudança em seus costumes na era pós-guerra. De fato, o mundo globalizado tornou-se completamente dependente da tecnologia, a tal ponto de que, se a internet deixasse de funcionar hoje, muitos serviços essenciais deixariam de funcionar. Talvez seja este o ponto focal de filmes como "Ringu" e, principalmente, de "One Missed Call", a subserviência da humanidade a algo que deveria ser um utensílio. Nós incorporamos tanto o discurso da necessidade que não conseguimos mais reconhecer o que é necessário e o que é acessório.
Além disto, é tom geral nestes filmes de horror a inexorabilidade da morte. Não há como evitá-la e, no fim, por mais que torçamos pelo contrário, podemos antever que não há salvação para os protagonistas. Mas isto já é uma premissa lógica desde Aristóteles e é uma das únicas certezas que podemos ter neste mundo.

"Todo homem é mortal".