Qual a relação entre um brutal filme coreano e a obra de Franz Kafka?
Dae Su, um pai de família, é, sem saber porque, enclausurado por quinze anos num quarto, com acesso apenas a uma televisão. Durante este tempo, sua esposa é assassinada e sua filha desaparece.
Do mesmo modo abrupto pelo qual ele foi encarcerado, ele também é devolvido ao mundo.
A procura por respostas é o tema de "Old Boy".
Para tanto, Dae Su está disposto a espancar, torturar, matar quem quer que seja para descobrir quem é o responsável por sua desdita.
Assim como Joseph K., de "O Processo", Dae Su não sabe contra quem deve lutar, mas apenas que precisa resistir, que precisa obter uma solução, até seu último suspiro.
Vagando pelas ruas da cidade, desconfiando de todos, até mesmo da única pessoa no mundo que resolveu ajudá-lo - a cozinheira Mido -, Dae Su tem apenas cinco dias para juntar todas as peças de um imenso quebra-cabeças.
O ritmo do filme é frenético e atordoante. Intercalando sangrentas lutas e momentos de humor negro, "Old Boy" é, sem dúvida, uma obra extraordinária. Violando todos os princípios narrativos que tornam o cinema contemporâneo previsível, "Old Boy" opta por escolhas difíceis, tabuísticas, incrivelmente lúcidas para resolver os conflitos.
Há reviravoltas, mas nada tão inverossímil que nos faça questionar: "De onde veio isto?"
Apesar da estranheza do enredo, "Old Boy" é extremamente realista.
Esta versão oriental de Kafka é uma obrigação a todos que se deliciam com uma boa trama.
Dae Su, um pai de família, é, sem saber porque, enclausurado por quinze anos num quarto, com acesso apenas a uma televisão. Durante este tempo, sua esposa é assassinada e sua filha desaparece.
Do mesmo modo abrupto pelo qual ele foi encarcerado, ele também é devolvido ao mundo.
A procura por respostas é o tema de "Old Boy".
Para tanto, Dae Su está disposto a espancar, torturar, matar quem quer que seja para descobrir quem é o responsável por sua desdita.
Assim como Joseph K., de "O Processo", Dae Su não sabe contra quem deve lutar, mas apenas que precisa resistir, que precisa obter uma solução, até seu último suspiro.
Vagando pelas ruas da cidade, desconfiando de todos, até mesmo da única pessoa no mundo que resolveu ajudá-lo - a cozinheira Mido -, Dae Su tem apenas cinco dias para juntar todas as peças de um imenso quebra-cabeças.
O ritmo do filme é frenético e atordoante. Intercalando sangrentas lutas e momentos de humor negro, "Old Boy" é, sem dúvida, uma obra extraordinária. Violando todos os princípios narrativos que tornam o cinema contemporâneo previsível, "Old Boy" opta por escolhas difíceis, tabuísticas, incrivelmente lúcidas para resolver os conflitos.
Há reviravoltas, mas nada tão inverossímil que nos faça questionar: "De onde veio isto?"
Apesar da estranheza do enredo, "Old Boy" é extremamente realista.
Esta versão oriental de Kafka é uma obrigação a todos que se deliciam com uma boa trama.
2 comentários:
Ótimo filme, ótima crítica!
A penúltima frase da sua resenha resume bem o que eu achei do filme.
E a cena em que a câmera filma ele lutando lateralmente, e a cena em que ele come um polvo vivo já são antológicas!
Marco
Foi um dos filmes mais impressionantes e supreendentes que já assiti.
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