sexta-feira, fevereiro 10, 2012

O Tesouro de Sierra Madre (1948)


John Huston foi os um dos maiores diretores que já passou por Hollywood e trouxe para as telonas do cinema alguns clássicos como "O Falcão Maltês", "Moby Dick", "Os Desajustados" e "o Homem que queria ser rei".

"O Tesouro de Sierra Madre" é um destes clássicos, que merecia ser assistido por qualquer um que aprecia um bom filme; é quase uma obrigação.

Esta é a história de três homens em busca de riqueza no México, Dobbs (interpretado magistralmente por Humphrey Bogart), Curtin e Howard (papel dado ao pai do diretor, Walter Huston), que é o mais velho do três e o único com experiência de mineração de ouro.
Os três empreendem uma viagem por um terristório inóspito até Sierra Madre, uma montanha que esconde em seu seio uma fortuna em ouro.

Acima de tudo, "O Tesouro de Sierra Madre" é sobre ganância e a horrível natureza humana. A princípio, estimulados pela possibilidade de se tornarem homens ricos, os três amigos se comportam normalmente, com solidariedade até. No entanto, aos poucos, enquanto começam a acumular seus sacos de ouro, a relação se deteriora, um suspeitando do outro até o limite do insustentável.

Quem se habituou à imagem do detetive durão de "O Falcão Maltês" ou do elegante Rick de "Casablanca", irá se surpreender com a incrível atuação de Borgart em "O Tesouro de Sierra Madre".
Um roteiro inteligente, com uma bela fotografia e profundos diálogos, fazem deste filme um dos grandes exemplos de uma narração que tem desaparecido, capaz de mergulhar na escuridão mais secreta da alma humana e revelar como nós mesmo somos.

"O Tesouro de Sierra Madre" é sobre nós, sobre a fragilidade da nossa moral e como as riquezas são capazes de corromper-nos, mas também é sobre a mão brincalhona do destino, sempre a virar nossas vidas de cabeça para baixo, de maneira imprevisível e surpreendente.

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