Em sua "República", Platão afirma que a arte está afastada três graus das idéias.
As idéias elas mesmas estão em primeiro grau; a obra dos artesãos, por ser cópia das idéias, estão em segundo; e a arte, por ser cópia da cópia das idéias, está em terceiro grau.
Tese que "Moça com Brinco de Pérola" parece querer contradizer.
A história se baseia na vida do pintor holandês Johannes Vermeer (interpretado por Colin Firth), o maior expoente da pintura batava depois de Rembrandt. O filme retrata o sutil relacionamento entre o artista e Griet (Scarlett Johansson), sua criada.
É difícil compreender a alquimia de um artista com sua obra e com o ambiente que o circunda, mas "Moça com Brinco de Pérola" capta com maestria o universo de beleza da arte.
Uma fotografia perfeita, brincando com o jogo de luzes e sombras que caracteriza a pintura holandeza do século XVII, mesclada com a beleza puritana de Johansson é a certeza de um mergulho no Belo.
Filmes históricos sempre são facas de dois gumes, pois sempre que se fala em passado - ainda mais de um passado remoto -, vaga-se ao sabor de interpretações. A escolha de Griet como protagonista, ao invés de Vermeer, humaniza a trama e aproxima o espectador do mundo esquecido do povão, relegado aos porões da aristocracia e à tavernas imundas.
As contradições entre ignorância e sensibilidade são reduzidas quando uma mera criada consegue apreender o ofício de seu mestre; quando pessoas supostamente cultas vivem à margem da genialidade; quando o coração de um artista, pelo intermédio de seu fazer, consegue acessar o coração de outra pessoa.
Um filme inspirado.
As idéias elas mesmas estão em primeiro grau; a obra dos artesãos, por ser cópia das idéias, estão em segundo; e a arte, por ser cópia da cópia das idéias, está em terceiro grau.
Tese que "Moça com Brinco de Pérola" parece querer contradizer.
A história se baseia na vida do pintor holandês Johannes Vermeer (interpretado por Colin Firth), o maior expoente da pintura batava depois de Rembrandt. O filme retrata o sutil relacionamento entre o artista e Griet (Scarlett Johansson), sua criada.
É difícil compreender a alquimia de um artista com sua obra e com o ambiente que o circunda, mas "Moça com Brinco de Pérola" capta com maestria o universo de beleza da arte.
Uma fotografia perfeita, brincando com o jogo de luzes e sombras que caracteriza a pintura holandeza do século XVII, mesclada com a beleza puritana de Johansson é a certeza de um mergulho no Belo.
Filmes históricos sempre são facas de dois gumes, pois sempre que se fala em passado - ainda mais de um passado remoto -, vaga-se ao sabor de interpretações. A escolha de Griet como protagonista, ao invés de Vermeer, humaniza a trama e aproxima o espectador do mundo esquecido do povão, relegado aos porões da aristocracia e à tavernas imundas.
As contradições entre ignorância e sensibilidade são reduzidas quando uma mera criada consegue apreender o ofício de seu mestre; quando pessoas supostamente cultas vivem à margem da genialidade; quando o coração de um artista, pelo intermédio de seu fazer, consegue acessar o coração de outra pessoa.
Um filme inspirado.
3 comentários:
Vou passar a me informar aqui dos bons filmes.
Ultimamente está difícil encontrar sem indicação.
Estava olhando o site,
reparei que tem criticas dos melhores filmes que ainda não vi! ^^
Mas que fique claro:se ainda não os assisti o motivo não foi falta de vontade
Mas tentarei achar alguns desses que você sugeriu, depois de ler sobre eles minha vontade de ve-los só aumentou!
=***
Olá Henry. Sou editor do site www.catanduvanarede.com, relacionado em sua lista de links. Não tenho seu e-mail, mas peço que entre em contato comigo em catnarede@terra.com.br. Gostaria muito de ter sua colaboração fixa e frequente em nossa página em 2006. Abraços!
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