quinta-feira, agosto 12, 2004

Jogos, Deuses e LSD (2002)



Um documentário com quase três horas e meia. Filmado em Toronto, Las Vegas, na Suíça e Índia, é uma investigação sobre as inquietações humanas.

A proposta do diretor é a de que os vícios humanos e as religiões são maneiras que encontramos para silenciar aqueles questionamentos sem respostas que fervilham em nosso interior. Dos evangélicos pentecostais do Canadá, aos jogadores e compulsivos por sexo de Las Vegas; dos viciados de Zurique aos peregrinos hindus, o que vemos é a busca incessante de um paliativo para uma existência sem sentido. Um vazio que o próprio diretor compartilha.

Repleto de cenas belíssimas, como as do deserto de Nevada e dos Alpes suíços, o filme estimula o espectador a refletir. De fato, enquanto eu assistia "Jogos, Deuses e LSD", eu me lembrei de uma antiga disputa, ainda quando eu estava na Universidade, sobre se existia Filosofia Oriental. Propositalmente, o diretor Peter Mettler abre o longa com um culto religioso cristão e encerra com uma cerimônia sagrada hindu. No ocidente, os cristãos buscam Jesus, esperam respostas de Deus; no oriente, eles sabem que o sagrado está em todas as coisas e basta que eles prestem atenção para sentir isto. Nós temos indagações, por isto questionamos; eles possuem respostas, por isto, podem se dar o luxo de não vê-las.

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