Simplesmente sensacional!
É difícil agüentar os primeiros minutos, por causa do estranhamento que o cenário (ou a falta dele) causa. Assim como quando diante de grandes verdade, nós precisamos nos adaptar diante da transparência de "Dogville".
Nicole Kidman é Grace, uma jovem que, após fugir de uns gangsters, se refugia nesta pequena e remota vila. No início, a população a recebe com desconfiança, mas após a proposta de Tom Edison, um dos moradores, Grace é aceita no convívio do vilarejo, desde que ela prove suas boas intenções ajudando seus habitantes. No entanto, o cerco se fecha e a polícia passa a vasculhar as cidades vizinhas à procura da fugitiva. Amedrontados, os moradores começam a exigir mais favores da pobre Grace, reduzindo-a quase a um estágio de escravidão.
Mais uma vez, a faceta de sofredora de Nicole é explorada, pois Grace se assemelha muito a personagens melancólicas por ela interpretadas anteriomente, como a Virginia Wolff de "As Horas", como em "De Olhos Bem Fechados", "Moulin Rouge" e, em certo grau, em "Os Outros". É incrível como o sofrimento de Grace nos faz odiar os moradores desta maltida vila!
"Dogville" revela tudo que há de mau e de corrupto em nós e a constatação de que também agiríamos, se estivéssemos na situação dos habitantes de Dogville, como eles é perturbadora.
Um grande e catártico filme.
5 comentários:
Crítica ou sinopse?
Acho que está mais para uma resenha.
bom se a crítica existisse em uma maior profundidade , pois os comentários lidos a té aqui no seu blog está mais para sinopse.
Até o texto disponível na Wikipedia sobre o filme é melhor!
Que bom, Gabriel, então leia na Wikipédia...
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