domingo, fevereiro 10, 2013

Mama (2013)


Eu me arriscaria a dizer que, em nossos tempos, um dos gêneros cinematográficos mais exigentes e difíceis de serem realizados com competência é o Terror.

Cada grande filme estabelece um padrão de qualidade difícil de ser superado e, ao observarmos em retrospecto, é complicado ser assustador depois de clássicos como "O Exorcista", "A Noite dos Mortos Vivos", "O Chamado", "A Profecia" ou "O Iluminado".

Vez ou outra, aparece alguma nova história que transcende esta tradição, mas, na maioria dos casos, vemos apenas o mesmo digerido, regurgitado e reembalado.

Em "Mama", temos uma premissa bastante interessante. Após um acidente, duas garotas são criadas num casebre no meio do mato por uma estranha entidade. Com o passar dos anos, elas mesmas acabam se tornando criaturas tão assustadoras quanto o monstro que cuidou delas, até que, enfim, o tio das meninas consegue encontrá-las, tentando reinseri-las na sociedade.
Só que o monstro, a mamãe do título, vem junto, para atormentar.

Faltou ousadia para este filme se tornar bom. Recheado com todos os clichês hollywoodianos e movido basicamente pelas mesmas técnicas de terror de sempre - a trilha sonora, os sustos, vultos e sombras -, "Mama" é decepcionante, pois não assusta, o que é o maior fracassso para um filme deste gênero, nem convence.

Uma execução pobre que comprometeu uma ideia bastante promissora.

Um comentário:

Sonia Cinelli disse...

Interessante a ideia de que a mãe pode nos transformar em monstros. Amor exigente, avassalador, às vezes doentio. Gosto muito da sua crítica. Leio sempre.