segunda-feira, janeiro 07, 2013

Hitchcock (2012)


Que Alfred Hitchcock foi o maior mestre do Suspense e do Mistério do cinema, isto não é novidade para ninguém.
No entanto, que seu braço-direito, desde o início de sua bem-sucedida carreira como diretor, era a sua esposa, Alma Reville, bem poucos sabem. Ela era a palavra final na hora de escolher um roteiro para adaptação, auxiliava na direção e também tinha um olho clínico para editar os filmes do marido.

E menos pessoas ainda conhecem as dificuldades que Hitchcock e Alma tiveram de enfrentar para produzirem o maior clássico de suspense de todos os tempos, "Psicose".

Este é o tema de "Hitchcock", estrelado por Anthony Hopkins no papel de Alfred Hitchcock, Hellen Mirren no de Alma, e Scarlett Johansson no de Janet Leigh, uma das estrelas de "Psicose".

O ritmo do filme é um pouco lento, mas há boas cenas com um humor ácido e inteligente, e esquenta para valer perto do final, quando Hitchcock e Alma vão para a sala de edição para prepararem a última versão de "Psicose".

Sem dúvida, o grande mérito de "Hitchcock" é o vislumbre na vida privada e não-convencial deste gênio e de como, nos momentos de maiores dificuldades, necessitamos do apoio daqueles que amamos.
Não é exatamente um filme para todos os públicos, voltado principalmente para os amantes do cinema, aqueles mais interessados em alguns aspectos técnicos por detrás da câmera, e também para os apreciadores da filmografia de Hitchcock.
Alguém que nunca tenha assistido a versão original de "Psicose" perde boa parte da diversão e, se também não conhecer um pouco da bizarra história de Ed Gein, o assassino que inspirou tanto o livro quanto o filme (e também serviu de inspiração para "O Silêncio dos Inocentes"), ficará sem entender certas referências.

A atuação de Anthony Hopkins é brilhante, mas, às vezes, debaixo de toda aquela maquiagem, ele se parece mais a Marlon Brando no final de carreira do que com Hitchcock de fato.

Um filme muito divertido para os amantes da sétima arte.


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