O papel do crítico, mais do que estabelecer juízos de valores sobre determinada criação artística, é fingir total imparcialidade em seus comentários. O crítico não é aquele que gosta de algo, é aquele que possui argumentos para justificar o fato de gostar de algo.
Durante todo o tempo em que escrevo neste blog, já defendi filmes que não gostei, porque eram bons filmes, e já ataquei filmes que me agradaram, mas que eram filmes ruins. No entanto, se há um ator no qual confio cegamente e que dificilmente me decepciona, este é Denzel Washington. Ele já caiu na armadilha que muitos atores hollywoodianos caem, acreditar em um péssimo roteiro, como em "Assassino Virtual" ou "Por um Triz", mas o conjunto de seu trabalho é excepcional.
Una agora um excelente ator com um ótimo diretor, Spike Lee, um roteiro engenhoso, e você terá "O Plano Perfeito".
Este filme é um daqueles que, se você contar um pouquinho mais do que deve, estraga a surpresa de quem ainda não assistiu. A trama envolve o assaltante de banco Dalton Russell (Clive Owen), o banqueiro bilionário Arthur Case (Christopher Plummer) e o detetive encarregado de salvar os reféns, Keith Frazer (Denzel Washington). Logo no começo do filme, Dalton Russell utiliza a fórmula básica da narração para compor sua história: quem, o que, por que, quando, onde e, o mais importante, como. Russell possui, segundo o próprio título sugere, o plano perfeito para roubar o banco e não ser capturado; este é o enredo.
Spike Lee, que já foi o maior representante do cinema independente de Nova York, tem dado uma guinada em sua carreira nos últimos anos. Ele não abandonou completamente o debate sobre a condição racial nos EUA, mas, sem dúvida, este deixou de ser o tema para seus filmes. Em "A Última Noite", o protagonista é um traficante descendente de irlandeses (Edward Norton); já em "O Plano Perfeito", apesar de o personagem principal ser um detetive negro e haver uma série de situações cômicas relacionadas ao preconceito racial ou religioso (como o Sikh sendo discriminado por ser "árabe"), o foco envolve muito mais pecados históricos pretéritos do que situações conflituosas contemporâneas. Parece que Spike Lee percebeu que cinema entretenimento também pode ser crítico, além de atingir um público muito maior.
"O Plano Perfeito" mantém o espectador intrigado até o fim, sem decepcioná-lo com explicações estapafúrdias ou escapadas miraculosas. Às vezes, o óbvio é o mais difícil de ser percebido.
Durante todo o tempo em que escrevo neste blog, já defendi filmes que não gostei, porque eram bons filmes, e já ataquei filmes que me agradaram, mas que eram filmes ruins. No entanto, se há um ator no qual confio cegamente e que dificilmente me decepciona, este é Denzel Washington. Ele já caiu na armadilha que muitos atores hollywoodianos caem, acreditar em um péssimo roteiro, como em "Assassino Virtual" ou "Por um Triz", mas o conjunto de seu trabalho é excepcional.
Una agora um excelente ator com um ótimo diretor, Spike Lee, um roteiro engenhoso, e você terá "O Plano Perfeito".
Este filme é um daqueles que, se você contar um pouquinho mais do que deve, estraga a surpresa de quem ainda não assistiu. A trama envolve o assaltante de banco Dalton Russell (Clive Owen), o banqueiro bilionário Arthur Case (Christopher Plummer) e o detetive encarregado de salvar os reféns, Keith Frazer (Denzel Washington). Logo no começo do filme, Dalton Russell utiliza a fórmula básica da narração para compor sua história: quem, o que, por que, quando, onde e, o mais importante, como. Russell possui, segundo o próprio título sugere, o plano perfeito para roubar o banco e não ser capturado; este é o enredo.
Spike Lee, que já foi o maior representante do cinema independente de Nova York, tem dado uma guinada em sua carreira nos últimos anos. Ele não abandonou completamente o debate sobre a condição racial nos EUA, mas, sem dúvida, este deixou de ser o tema para seus filmes. Em "A Última Noite", o protagonista é um traficante descendente de irlandeses (Edward Norton); já em "O Plano Perfeito", apesar de o personagem principal ser um detetive negro e haver uma série de situações cômicas relacionadas ao preconceito racial ou religioso (como o Sikh sendo discriminado por ser "árabe"), o foco envolve muito mais pecados históricos pretéritos do que situações conflituosas contemporâneas. Parece que Spike Lee percebeu que cinema entretenimento também pode ser crítico, além de atingir um público muito maior.
"O Plano Perfeito" mantém o espectador intrigado até o fim, sem decepcioná-lo com explicações estapafúrdias ou escapadas miraculosas. Às vezes, o óbvio é o mais difícil de ser percebido.
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