Quando surgiu o rumor de que Oliver Stone dirigiria um filme sobre o atentado ao World Trade Center, logo o público americano se escandalizou - um cineasta com filmes polêmicos no currículo, como "Platoon" e "JFK - A Pergunta que não quer calar", jamais se sujeitaria a abordar este tema de maneira não-revisionista.
No entanto, todos se impressionaram com a sutileza do tratamento de Stone em relação ao assunto, ao invés de intrincadas teorias conspiratórias ou críticas aos imperialismo norte-americano, "As Torres Gêmeas" focaliza a história de dois policiais nova-iorquinos designados para auxiliar a evacuação das duas torres do World Trade Center, imediatamente após elas haverem sido atingidas pelos atentados terroristas, no inesquecível dia 11 de setembro de 2001.
Não se trata de um documentário (ou de uma ficção documental), não temos uma visão global do evento, mas sim o recorte particular daqueles indivíduos que não sabiam no que estavam se metendo e tampouco as conseqüências das ordens que obedeciam. Assim como grande parte do mundo, aqueles dois policiais, mais do que protagonistas, eram apenas espectadores de um inacreditável ato de terror.
Apesar da orientação piegas do filme, com vários flashbacks realizados pelos personagens John McLoughlin (Nicholas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena), relembrado momentos felizes em família, e um chororô interminável, os noticários norte-americanos, pouco antes da estréia do filme nos EUA, apresentavam enquetes como:
"Você levaria seu filho para assistir a este filme?"
Demonstração de que, por detrás da aparente normalidade de Nova York cinco anos depois, o atentado ainda é uma chaga aberta no coração dos americanos.
A própria recusa de Stone em problematizar o tema, em questionar os fundamentos dos fundamentalistas que perpretaram esta barbárie (se eles possuem algum de fato, isto é uma outra questão), em tentar descobrir porque os EUA é tão odiado ao redor do mundo, é uma declaração de que os americanos possuem uma inclinação para posarem de vítimas.
Mas as coisas parecem estar mudando. No último dia 11 de setembro, quando as pessoas se reuniram ao redor do enorme buraco deixado pelas torres, muitos clamavam por respostas, sendo a principal delas: "Por que os EUA atacaram o Iraque, quando os responsáveis pelos atentados eram fundamentalistas islâmicos patrocinados, principalmente, pelo regime Talibã do Afeganistão?"
Já se falou, inclusive, em indicação ao Oscar. Ainda é cedo para este tipo de previsão, mas com certeza há muitas produções melhores em cartaz por aí, e bem menos melodramáticas.
Também pode ser lido em
www.adorocinema.com.br
No entanto, todos se impressionaram com a sutileza do tratamento de Stone em relação ao assunto, ao invés de intrincadas teorias conspiratórias ou críticas aos imperialismo norte-americano, "As Torres Gêmeas" focaliza a história de dois policiais nova-iorquinos designados para auxiliar a evacuação das duas torres do World Trade Center, imediatamente após elas haverem sido atingidas pelos atentados terroristas, no inesquecível dia 11 de setembro de 2001.
Não se trata de um documentário (ou de uma ficção documental), não temos uma visão global do evento, mas sim o recorte particular daqueles indivíduos que não sabiam no que estavam se metendo e tampouco as conseqüências das ordens que obedeciam. Assim como grande parte do mundo, aqueles dois policiais, mais do que protagonistas, eram apenas espectadores de um inacreditável ato de terror.
Apesar da orientação piegas do filme, com vários flashbacks realizados pelos personagens John McLoughlin (Nicholas Cage) e Will Jimeno (Michael Pena), relembrado momentos felizes em família, e um chororô interminável, os noticários norte-americanos, pouco antes da estréia do filme nos EUA, apresentavam enquetes como:
"Você levaria seu filho para assistir a este filme?"
Demonstração de que, por detrás da aparente normalidade de Nova York cinco anos depois, o atentado ainda é uma chaga aberta no coração dos americanos.
A própria recusa de Stone em problematizar o tema, em questionar os fundamentos dos fundamentalistas que perpretaram esta barbárie (se eles possuem algum de fato, isto é uma outra questão), em tentar descobrir porque os EUA é tão odiado ao redor do mundo, é uma declaração de que os americanos possuem uma inclinação para posarem de vítimas.
Mas as coisas parecem estar mudando. No último dia 11 de setembro, quando as pessoas se reuniram ao redor do enorme buraco deixado pelas torres, muitos clamavam por respostas, sendo a principal delas: "Por que os EUA atacaram o Iraque, quando os responsáveis pelos atentados eram fundamentalistas islâmicos patrocinados, principalmente, pelo regime Talibã do Afeganistão?"
Já se falou, inclusive, em indicação ao Oscar. Ainda é cedo para este tipo de previsão, mas com certeza há muitas produções melhores em cartaz por aí, e bem menos melodramáticas.
Também pode ser lido em
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2 comentários:
Grade resenha Henry. Ainda não vi As Torres Gêmeas (e só pretendo ver por ter Maria Bello, Maggie Gyllenhaal e Michael Peña atuando juntos), mas vi um filme que também fala sobre o 11/9: Vôo United 93 que é, certamente, um dos melhores filmes do ano.
Recomendo assistir e imagino que você vai gostar!
Abraços, Marco.
Melodramatico??? Nossa... melodramatico é apelido... poxa vida... sai do cinema passada em pensar em pessoas pressas sob escombros daquela forma, chagava a esquecer que o filme era sobre as torrer gemeas...
Enfim.. sinceramente... me arrependi de ter visto. Boa atuaçao... boa produçao.. mas...
To fora.
Fazia tempo que eu nao aparecia aqui...
Até mais Henry...
Se nao se lembra de mim.. sou a Nini Amiga da De. Beijos 17/10/2006
Aline
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