Neste local, eles devem aprender a se desapegarem de seus princípios capitalistas-ocidentais e descobrir como é a vida campesina revolucionária. Lá, Lu e Ma conhecem uma singela e ignorante costureirinha. O objetivo de ambos se torna, então, "civilizá-la".
Ao lerem livros proibidos, autores clássicos da literatura francesa como Balzac, Zola e Flaubert, os três criam um vínculo íntimo que os ligam à liberdade de pensamento e à ruptura de um autoritarismo intelectual.
Não raro costuma-se propagar aos quatro ventos os efeitos sociais da literatura, de como ela pode mudar o mundo. Creio que poucos exemplos poderiam ser mais apropriados do que as mudanças radicais que os livros realizaram naquele pequeno vilarejo chinês perdido em meio a montanhas. O próprio processo de superação dos três acaba por se refletir em toda a vida daquelas pessoas humildes, que papagueiam ideais revolucionários sem mesmo saber o que eles significam, semelhante a muitos jovens, que se acham revolucionários sem ler (ou sem entender) Marx.
"Balzac e a Costureirinha Chinesa" é uma crítica, ao mesmo tempo que uma advertência, contra quaisquer princípios ditatoriais restritivos da liberdade de expressão e de como o saber e a cultura podem sim serem motores de mudanças. Ao contrário do materialismo dialético, no qual a super-estrutura acaba por refletir a infra-estrutura, aqui temos um inversão de papéis, a cultura e o ideal burguês-liberal explodindo de dentro o escopo limitado de um marxismo imbecilizado e imbecilizante.
Uma fotografia belíssima e um enredo envolvente faz deste filme uma das pérolas do cinema internacional.
Inocentemente avassalador!
Também pode ser lido em
www.adorocinema.com.br
Ao lerem livros proibidos, autores clássicos da literatura francesa como Balzac, Zola e Flaubert, os três criam um vínculo íntimo que os ligam à liberdade de pensamento e à ruptura de um autoritarismo intelectual.
Não raro costuma-se propagar aos quatro ventos os efeitos sociais da literatura, de como ela pode mudar o mundo. Creio que poucos exemplos poderiam ser mais apropriados do que as mudanças radicais que os livros realizaram naquele pequeno vilarejo chinês perdido em meio a montanhas. O próprio processo de superação dos três acaba por se refletir em toda a vida daquelas pessoas humildes, que papagueiam ideais revolucionários sem mesmo saber o que eles significam, semelhante a muitos jovens, que se acham revolucionários sem ler (ou sem entender) Marx.
"Balzac e a Costureirinha Chinesa" é uma crítica, ao mesmo tempo que uma advertência, contra quaisquer princípios ditatoriais restritivos da liberdade de expressão e de como o saber e a cultura podem sim serem motores de mudanças. Ao contrário do materialismo dialético, no qual a super-estrutura acaba por refletir a infra-estrutura, aqui temos um inversão de papéis, a cultura e o ideal burguês-liberal explodindo de dentro o escopo limitado de um marxismo imbecilizado e imbecilizante.
Uma fotografia belíssima e um enredo envolvente faz deste filme uma das pérolas do cinema internacional.
Inocentemente avassalador!
Também pode ser lido em
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4 comentários:
uma ressalva: eles eram irmãos e não amigos, e os dois foram mandados para reeducação porque seu pai (dentista) era considerado inimigo do governo...
no livro eles eram só amigos mesmo
Eles eram amigos.
Ia assistir o filme e resolvi pesquisar no google sobre ele. Parabéns pela crítica, agora o filme será ainda mais interessante.
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