quarta-feira, junho 22, 2005

Réquiem Para um Sonho (2000)



O segundo filme do diretor norte-americano Darren Aronofsky é uma história brutal sobre sonhos despedaçados. Os conflitos de quatros personagens se interconectam, enquanto todos caminham a largos passos em direção à desgraça: Harry Goldfarb (Jared Leto), um usuário de drogas que tem uma idéia genial para revender narcóticos e ganhar uma boa grana; Sara Goldfarb (interpretada pela genial Ellen Burstyn), mãe de Harry e que se torna dependentes de inibidores de apetite, após saber que poderia ser convocada para participar de um programa de TV e tentar emagrecer para caber no seu vestido mais querido; Marion Silver (Jennifer Connelly), namorada de Harry e também viciada; e, por fim, Tyrone C. Love (Marlon Wayans), amigo de Harry e parceiro na transação que pretendem iniciar.
Mantendo a mesma linha de "Pi", Aronofsky investe na psicodelia e numa edição frenética. O filme é repleto de belíssimas tomadas, imersas numa trama de podridão e decadência. Quanto mais lutam para concretizar seus sonhos (de Sara, ir ao programa de TV, e do trio, Harry, Tyrone e Marion, fazer uma gorda poupança), mais eles se arrastam ao fundo do poço, oprimidos pelas contingências e abusos que eles mesmos perpretam.
Apesar do ar underground , "Réquiem Para um Sonho" é um filme bastante realista e uma advertência para aqueles idealistas que crêem que tudo é possível, bastando um pouco de força de vontade. Esta fábula urbana mostra que quanto maior o vôo, maior é a queda e que são poucos os que estão preparados para agüentar quando as horas difíceis chegam.
Cru, forte e real!

Um comentário:

Anônimo disse...

final da sua critica é perfeito, Requiem está no topo dos meu filmes favoritos com certeza.

gostei de seu blog!