sábado, março 05, 2005

Louca Obsessão (1990)



Em geral, os filmes baseados em obras de Stephen King só servem para assustar criancinhas ranhentas, "Colheita Maldita" e "Cemitério Maldito" são alguns exemplos disto. Mesmo havendo algumas adaptações excepcionais, como "O Iluminado" e "À Espera de um Milagre", King é um escritor mediano e sem muita originalidade quando se trata de conceber suas histórias - ele sempre anda às voltas com casas, chalés ou hotéis em regiões isoladas dos EUA, melancólicas nevascas e o tema constante do isolamento e das distâncias que separam os indivíduos.
Contudo, em "Louca Obsessão", o diretor Rob Reiner consegue com maestria transmitir uma sensação de impotência e de angústia.
O romancista best-seller Paul Sheldon (James Caan) sempre se hospeda num remoto hotel quando da iminência de concluir um livro. Porém, ao tentar retornar à Nova York, ele é tragado por uma impetuosa nevasca e sofre um acidente. (In-) Felizmente, ele é resgatado pela enfermeira Anne Wilkes (Kathy Bates), que se dedica a cuidar dos ferimentos de Sheldon até que as estradas sejam desbloqueadas e ele possa ser levado a um hospital.
Acontece que Anne é a fã número um de Sheldon (segundo sua própria denominação) e ela fará de tudo para que Sheldon jamais a deixe. O único problema é que Anne não é uma pessoa mentalmente estável e seu arroubos furiosos "desconfortam" Sheldon.
"Louca Obsessão" é sem dúvida um dos filmes mais agoniantes que assisti, pois o estágio de impotência no qual Paul Sheldon se encontra - com as duas pernas e um braço quebrados - faz com que torçamos para que ele se livre das garras daquela enfermeira insana. Como todo filme de suspense, temos de aguardar o fim para sabermos o que acontecerá.
Mas pode-se adiantar que, em "Louca Obsessão", temos um exemplo de que há males que vêm para o bem.

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