A crise inspiracional de um diretor de cinema é o tema de "Fellini 8 e 1/2".
Guido, interpretado por Marcello Mastroiani, é um artista cujo único comprometimento é com sua arte. Mas, ao se deparar com a indagação de se ainda havia algo essencialmente importante a ser dito, Guido entra numa crise de criação que bloqueia a pré-produção de seu novo filme.
Buscando em suas raízes biográficas elementos possíveis para constituir um possível roteiro, Guido acaba mergulhando em memórias confusas, em devaneios oníricos e numa aporia mais do que filosófica.
É sempre difícil falar sobre os filmes de Fellini, já que eles se encerram em si mesmo. Este diretor italiano é mestre em criar obras aparentemente sem trama, com quadros potencialmente desconexos e com personagens estilizadas. É neste clima turbulento e confuso que Fellini faz transparecer suas preocupações vitais acerca do papel de uma obra de arte.
É providencial que um filme que retrata um artista em crise seja uma das mais belas obras de arte do cinema.
domingo, fevereiro 06, 2005
Fellini 8 e 1/2 (1963)
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3 comentários:
O que vc. coloca aqui sobre o filme e bem pouco, parece que esta obra não acordou em você muita coisa, ou, talvez, não viu o filme e esta editando um resumo do que o filme fala. Uma pena, pois Fellini nessa obra debocha com os intelectuais (o roteirista com sotaque francês) e confessa não ter muito que dizer, e é assim que muito diz.
Concordo com o anônimo
Concordo com o anônimo
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