quinta-feira, outubro 07, 2004

O Terminal (2004)




A dupla Tom Hanks e Steven Spielberg pelo jeito deu certo. Após trabalharem juntos em "O Resgate do Soldado Ryan" e "Prenda-me se for Capaz", eles retornam em "O Terminal".

Viktor Navorski (Tom Hanks) é um cidadão de um país imaginário do leste europeu, Karkhozia, o qual, ao desembarcar no aeroporto JFK, em Nova Iorque, é impedido de pisar em solo americano por causa de um problema diplomático - uma guerra civil em Karkhozia tornou inválido os passaportes de seus cidadão, portanto, Viktor não possui mais uma nação. Ele não pode retornar ao seu país em guerra, tampouco pode ingressar nos Estados Unidos. Até que o problema seja solucionado, o supervisor do aeroporto permite que Viktor aguarde na área de trânsito dos passageiros.

Nos primeiros instantes, a impressão que se tem é de que se está assistindo a "O Náufrago", só que, ao invés de uma ilha, Tom Hanks tem de sobreviver agora no aeroporto. Só que esta impressão inicial logo se desvanece quando o enfoque passa a ser os relacionamentos humanos.

É interessante a abordagem da relação entre o poder institucionalizado, representado pela administração do JFK, e as afinidades pessoais. É uma inversão da visão de que todo americano é xenófobo e de que todo viajante aos EUA é um imigrante.

Catherine Zeta-Jones, no papel de uma comissária de bordo, está péssima. Ela não possui a naturalidade de Tom Hanks e quase todas as cenas na qual ela aparece poderiam ser descartadas. A interpretação de Zeta-Jones não favorece a tentativa de humanização de uma comissária.

É um filme para dar algumas (tímidas) risadas e para torcer pelo destino de Viktor.

Baseado na história real de um iraniano que ficou detido no aeroporto Charles De Gaulle, "O Terminal" é inteligente e muito bem desenvolvido.

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